sábado, 19 de fevereiro de 2011

Giardino dei Taiocchi

Um dia achei que sabia história da arte. Estudei duas vezes, no colégio e na faculdade de design. Li muita coisa também. Mas cursos genéricos de história da arte são como as aulas escolares de história: o programa sempre atrasa e nunca se chega aos dias atuais.
Esse sempre foi um assunto que me fascinou. Em um momento da minha vida achei que precisava explorar uma forma diferente de expressão, manual, plástica, pois nem me passava pela cabeça que escrever pudesse ser uma expressão criativa para mim. No fim, deixei pra lá.
Até agora, não consegui liberar o cisne negro que existe em mim e confesso que talvez gostasse de ter a experiência visceral da personagem do filme (assisti ao filme ontem, ainda estou processando).
Enquanto isso não acontece, vou levando com o racional mesmo, que apesar de complicar minha vida de várias maneiras e de me manter a uma distância pouco saudável do meu corpo, é o que se pode arrumar no momento. Pelo menos hoje sei que escrever é minha forma de expressão, e o que sai vai além das matérias jornalísticas.
Mas se não posso fazer artes plásticas, estudo.
Já disse que não resisti e me matriculei em um curso sobre mulheres artistas contemporâneas. Estou conhecendo trabalhos sobre os quais nunca tinha ouvido falar. Sinto-me deveras ignorante, mas o que se há de fazer além de comemorar a capacidade de maravilhamento que ainda me resta, não é mesmo?
Vejam isso. É a obra da artista Nikki de Saint Phalle. Um jardim com esculturas gigantes que representam as 22 cartas do tarô. Algumas são negras gorduchas, as "Nanas", que também existem sempre em tamanhos enormes em várias partes do mundo.
A artista é francesa e viveu nos Estados Unidos, o Jardim do Tarô está na Toscana. Antes de começar esse Jardim todo colorido e feliz, ela ficou conhecida por seus happenings de tiro. Fazia quadros e esculturas e depois atirava neles. Eu me encantei pelas Nanas e pelo Jardim. A maior, que representa a Imperatriz, era a casa dela. Um dia quero visitar esse lugar...

5 comentários:

Anônimo disse...

Li, conhecer nossa ignorância sobre o tanto das maravilhas do mundo é estar VIVA! Tô adorando ler seus posts. E tbem estou com uma inveja boa desse seu curso sobre arte e mulheres...please, traga todo material que puder.
Escrevi um post sobre o cisne negro no Blog www.femininoeosagrado.blogspot.com. Se der dá uma olhada. Bjs saudosos
Cris Balieiro

Anônimo disse...

Oi Li, que inusitado que esse jardim fica na Toscana, o berço do Renascimento! Legal acompanhar tua experiência aí em Buenos Aires. Sair da rotina, tentar abandonar o racional, envelhecer com prazer – tudo de bom! Também estou nessa busca :) Beijos australianos, Fla.

LizandraMA disse...

Cris! Está sendo realmente uma descoberta. As professoras ficaram de me passar contados de pesquisadores no Brasil. Quando voltar, vamos falar com eles! Não consegui encontrar seu post no blog. Mas vou ficar de olho.

LizandraMA disse...

Flavia, querida! Que bom que você passou por aqui! Essa viagem está sendo fundamental. Tudo o que quero é poder continuar oxigenando minhas ideias, conhecendo outros valores, vendo a vida por outros pontos de vista...
beijos e saudades!

Renata Moura disse...

LIz,

Acompanhar a sua viagem no seu blog tem sido muito interessante!!
Eu adoro o Tarô.
Viajar e fazer cursos é conhecer tantas coisas que nunca imaginariamos possíveis de existir...
Fiquei morrendo de vontade de conhecer esse jardim!!

bjs