quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Comer, rezar e amar

O best-seller da jornalista americana Elizabeth Gilbert realmente virou best-seller. Até na coluna da Soninha deste mês, na revista Vida Simples, tinha um comentário sobre o livro. Achei a história bacana, mas no fundo o que mais me impressionou foi que a fofa, totalmente desestruturada, conseguiu adiantamento de royalties para viajar um ano pelo mundo e depois escrever um livro.
Outro dia li uma notícia de que as editoras americanas estavam tendo que baixar a bola porque estavam gastando demais em festas de lançamento black-tie. Hahahahaha, essa é boa. Aqui num lançamento bom os caras servem vinho de garrafa azul e amendoim.
Naquele seriado que eu adorava, "Men in trees", a outra fofa também é largada no altar e vai embora pro Alasca pra pensar na vida. A agente literária dela é chiquérrima, mora num apê bacana em NY, e toda hora se abala até o Alasca pra tricotar com a amiga. A escritora, por sua vez, praticamente não faz nada da vida e vive de royalties.
Juro, se inveja matasse era dessa inveja que eu tinha morrido. Inveja de royalties.

Trabalhar mata

Não sou de grandes achaques, mas ultimamente toda hora acho que estou doente. Páro para me examinar, começo pensar no que comi, se alguma coisa pode ter me feito mal, acho que vou ficar resfriada. Aí me lembro: "Ah, não, é que estou trabalhando 12 horas por dia há duas semanas, inclusive fim de semana". Pois é, não é doença, é trabalho demais, de novo, sufoco pra receber, enfim, tudo igual. A única coisa que muda é que as coisas saem, o que antes não acontecia. Mas de resto... adivinha onde vou passar o Carnaval?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Momento "a velha que em mim habita"

Apesar de hoje eu gostar mais de mim enquanto ser humano do que em qualquer outro momento da minha vida, toda vez que eu saio na balada eu penso que o ápice da mulher é dos 25 aos 28 anos. Que foi o meu, não tenho a menor dúvida. Hoje eu sei que todas aquelas certezas eram muito infantis, mas a vida era tão divertida e promissora!
A maioria das mulheres dessa idade que conheço é assim. Animadas e cheias de planos, ganham grana suficiente para se manter, têm namorados muito legais e a aparência de mulher jovem e cheia de gás. Não são mais menininhas, e por isso são lindas. Já reparou cada mulher linda dessa idade você encontra por aí?
Às vezes, sinto a maior saudade daquela eu, apesar de saber como ela era imatura, e até preconceituosa e cheia de si. E olha que nem gostava de Manoel de Barros, não conhecia os deuses nem Saturno, não tinha ido ao Pará, nem sabia cozinhar.
Não, não é meu aniversário de 60 anos. Mas a distância é tão grande que às vezes parece.

Too old to rock'n'roll and too young to die

Sábado à noite, uma festa rolando, eu aqui traduzindo meu livrinho de criação de filhos e fazendo mais uma experiência culinária com minha nova panela de pedra sabão. É, a idade bateu. Ontem saí pra balada depois de muito, muito tempo e na minha cabeça tocava a música do Jethro Tull. A diferença é que o velho rock'n'roller de cabelo comprido e Harley não tem muita noção de que a juventude passou e eu sei que não é exatamente de velhice meu caso, mas ai...
As pessoas passaram a vida tentando me convencer de que ficar sozinha em casa era bom, de que você precisa de um tempo consigo mesma e eu não acreditava de jeito nenhum. Dizia: Eu? Sozinha? Mas se eu nem me olho no espelho porque não vou com a minha cara, por que é que vou ficar sozinha?
Pois é, mas agora que eu descobri que é bom, me conta: o que é que eu vou fazer na balada? Ficar enfumaçada de cigarro, beber, não ganhar nem uma cantadinha porque a média de idade é 22 anos? Balada não combina com meu novo estilo natureba de ser. Não é que eu esteja reclusa, pelo contrário. Só esta semana saí quatro vezes com amigos, dois almoços, um boteco e uma balada. Mas declinei outras duas. E acabei de me lembrar que já tinha declinado outro convite para hoje por causa do aniversário que estou não indo...
Está muito difícil conciliar os convites com a saúde, o bolso e a minha própria companhia. Sem contar o trabalho e o meu surto atual pela cozinha. Bom, pode ser só uma fase. Mas se continuar, eu já peço desculpas antecipadas pelos canos que virão.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Just a perfect day

Uma hora eu quero fazer tudo e me comprometo com as pessoas, depois percebo que não dá pra preparar uma sopa e ir na balada e chegar cedo para estar em Diadema às 9h30 do dia seguinte. Daí fico em casa, preparo a sopa, não vou na balada, não conheço ninguém e continuo aqui solta na vala.
Fazer um milhão de coisas no mesmo dia só dá certo quando não se planeja nada. Sábado, por exemplo, foi um dos perfect days do jeito que eu gosto.
Fui com a Lu de manhã procurar uma panela de pedra sabão e garimpar coisas de cozinha na Paula Souza. Saímos cedo pra conhecer a rua dos equipamentos de cozinha e foi divertido. Achei a panela, pesada para cacete, linda de morrer.
Daí fomos comprar pão italiano na Padaria Ana Néri, e levei a Lu pra ver onde meu avô conheceu minha avó, fazendo footing no Largo do Cambuci. Na época não devia ter Casas Pernambucanas nem Bradesco, só o açougue do concorrente do meu avô, que minha avó dispensou porque achou que ia dar muito trabalho de lavar aquela roupa suja de sangue.
Aí fomos almoçar num vegetariano e comprar ingredientes no Mercado da Lapa, que eu também não conhecia. Bacana, bom tamanho, achamos coisas boas.
Já era hora, então, de encontrar a Cris pra ir no cinema. Deixei a Lu, peguei a Cris e fomos ver o Gondry. Saindo do cinema, a gente foi correndo até o Parque do Ibirapuera, porque ia ter uma observação da lua na frente do Planetário. O tempo tava ruim, então não dava pra ver, mas fizeram uma simulação lá dentro e pude conhecer as novas instalações depois da reforma. Ficou muito legal. Planetário é tudo de nerd, mas é ótemo!
Depois da apresentação, ainda eram novemeia então deu tempo de tomar uma cervex na Vila com amigos, e acabei voltando pra casa às 3 da matina. Ah, que legal...

Mercúrio retrógrado

Diz a minha gurua astrológica Susan que quando mercúrio está retrógrado, o que quer que isso signifique, a gente aqui na Terra fica à mercê de problemas de comunicação e panes em equipamentos eletrônicos.
A Susan está coberta de razão, não tenho a menor dúvida. Segunda-feira chegamos no escritório e não tinha internet, daí desprogramou todos os ramais do telefone e o fax também. Só no outro dia na hora do almoço é que a gente conseguiu trabalhar. Hoje à tarde caiu uma árvore podre bem em frente ao escritório e levou embora a fiação elétrica e, provavelmente, o cabo da Net. Ruim mesmo foi para o dono do carro que estava ali e ficou totalmente detonado pela árvore. Deve até ter passado na TV, porque um helicóptero ficou ali em cima um tempão.
O engraçado é que em certas épocas alguns seres do passado resolvem rondar novamente sua vida. Dois casos mal resolvidos, um bom e outro mala, ressurgiram das trevas, do nada. Estou atribuindo ao planeta mensageiro. Vou começar a reparar melhor pra já deixar um amuleto contra assombração preparado.