sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ah, sim, claro, o curso

Começou! E parece que vai ser muito bom.
São quase dez pessoas, todos coleguinhas engajados. Alguns estudantes de cinema, um compositor de trilhas, um crítico, uma moça que também trabalha com texto.
A professora, Michelina Oviedo, é psicóloga e fez Escola de Cuba há 20 anos, o que para mim são ótimas referências. Primeiro, porque só consegui realmente entrar na criação literária depois que entendi a visão de linguagem da psicologia. Não que a Jeanne Marie não tivesse tentado me ensinar isso na faculdade, mas naquela época eu simplesmente era piba demais para ter noção das coisas. E segundo porque fazer Escola de Cuba há 20 anos significava ter aulas com Fernando Birri e García Márquez. Apenas.
Claro que isso significa um pé no esquerdismo, mas a visão dela é a de que cinema é uma arte feita para as massas, com uma estrutura bem definida. O que distingue uma boa cinematografia de outra é a premissa, porque a dramaturgia é milenar e culminou em Shakespeare. O resto todo veio daí.
Nosso primeiro exercício é assistir um filme e "desroteirizá-lo", ou seja, escrever o roteiro de forma literária. O grande diferencial, ao que me parece, é que a Michelina acredita que o texto deve trazer as imagens necessárias para que o diretor possa saber onde colocar a câmera e o produtor saiba fazer o orçamento (simplificando bem, é claro). Então não podemos fazer indicações de plano e posição de câmera, só contar a história de uma maneira visual.
Os exemplos que ela deu (de um roteiro do García Máquez, por exemplo) falam por si. Tudo se encaixa no que venho discutindo nos últimos anos com as muitas psicólogas queridas que passaram a fazer parte da minha vida e que agora queremos transmitir no nosso coaching literário.

2 comentários:

Tina disse...

Oi Liz,
É tao bom ver vc empolgada com o curso e com os novos caminhos profissionais. Vc sempre me inspira a ir mais longe doque meus olhos conseguem ver.
Bjs, matina

LizandraMA disse...

Olá!
Ontem, quando estava assistindo ao filme sobre o qual escrevi em seguida, o documentário, fiquei pensando comigo que acho que nunca vou conseguir viver fazendo a mesma coisa por muito tempo.
Eu não sei onde nada disso vai dar, mas só de sair da minha rotina já estou me sentindo muito melhor.
Obrigada, muito obrigada!

beijos