domingo, 23 de dezembro de 2007

Time to move on

Perdi a conta de quantas vezes precisei dizer isso nos últimos três anos. Agora é fim de ano, um ano que termina muito melhor do que pelo menos os últimos quatro. Tenho a sorte de não me lembrar muito de coisa ruim, então nem sei o que aconteceu nos anos anteriores. Mas de novo tenho que dizer isso, porque, arre! Tudo melhorou, não estou mais na miséria, tenho amigos maravilhosos, minha família vai bem, obrigada – mas que merda de vida amorosa do caralho! Traço no Ibope total.
Tô indo viajar para a Chapada dos Veadeiros, que segundo consta é o lugar mais místico do Brasil - o que quer que isso signifique. Fato é que as ruas são de pedrinhas de brilhante, cachoeiras mil, pessoas de todas as partes. Ideal para zerar a fatura e começar de novo em outra vibe, mandando às favas o ursinho carinhoso que baixou em mim em 2007.
Wish list 2008:
- voltar a estudar,
- voltar a fazer coisas que fazem alguma diferença,
- recuperar minha libido.
E como desejei na árvore da Yoko Ono, que venha um grande amor, mas que seja correspondido.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Isso e aquilo

Há que se estabelecer a diferença crucial entre DR sem R e faxina emocional. A DR sem R (sigla para discussão de relacionamento sem relacionamento) pressupõe, antes de tudo, resíduos emocionais e esperanças vãs. Está todo mundo vendo que daquele mato não sai cachorro, mas um dos dois - ou os dois, já que não se faz uma DR sem R sozinho - no fundo ainda acha que ah, quem sabe... As discussões são as mesmas de um casal, sendo que os dois - ou um deles - insiste em afirmar que não há compromisso. Ou seja, pura perda de tempo.
Faxina emocional, por sua vez, é o momento do desabafo final. A hora em que uma parte percebe que está perdendo tempo e decide por pra fora o que incomoda, sem ter mais a preocupação se vai ofender. Representa um alívio ímpar e a certeza inspiradora de que aquilo já era.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Latinidad

Os latinos são e estão. Os saxões just be. Aí está toda a diferença.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Meu telefone é da Mara

Você sabe de quem é o número do seu celular em Santos? Do meu eu sei. É da Mara. A Mara tem um filho que mora em Barretos, se não me engano. Sei que é prefixo 18 e ele liga pra pedir dinheiro e não fala nem bom dia. A Mara organiza excursões, isso descobri recente. Ligam mais pra Mara do que pra mim. E sempre que ligam eu, solícita, explico: - Não, não é a Mara. O prefixo do telefone dela é 13. (...) Isso mesmo, o senhor precisa ligar o 13 antes do número. (...) De nada, o que é isso.
Tem dias que tô bobinha e ouço a musiquinha deprê que coloquei no aparelho e até penso que vai ser uma determinada pessoa do momento. Nunca é.

Damas do lotação

Shortbus (John Cameron Mitchell, 2006) foi a minha grande e grata surpresa cinematográfica do ano. Como diz meu homeopata, nada é por acaso, então não foi coincidência assistir o filme logo depois de ler alguns livros sobre mitologia grega.
O filme começa com trepadas e cenas eróticas explícitas variadas, de três casais, um deles gay. O casal gay está em crise, e vai a uma terapia de casal. A terapeuta, que faz parte de um dos casais do começo do filme, acaba se abrindo com eles e diz que nunca teve um orgasmo.
Eles então a levam ao Shortbus, um tipo de casa de suíngue para todos os públicos. As pessoas podem ficar juntas na mesma tribo, ou não. Mas tem espaço para todos e o clima é tão legal que eu e uma amiga ficamos encantadas com a idéia. O filme é erótico sim, mas ninguém está ali de passagem. Todos estão buscando alguma coisa, e não há nada de fútil. Todos ali são iguais na sua diferença.
Não há muito o que dizer sobre o filme, em geral meus filmes preferidos me deixam sensações e não falas.
Mas onde entra a mitologia grega? Bom, pouco antes, tinha descoberto um professor de mitologia grega, Viktor Salis, que dei um jeito de entrevistar. Nada é por acaso, então apareceu uma pauta sobre vinho e, voilà, fui falar com ele sobre Dioniso. Daí comprei outro livro dele, “Ócio criador, trabalho e saúde”, onde ele diz:
“... as termas eram cuidadas e mantidas por mulheres, sacerdotisas de Afrodite, ou Vênus, em latim. Tinham grande cultura e dedicavam-se também a cuidar das pessoas que as freqüentavam. Seu nome, em latim, era putae, e deram origem à palavra ‘puta’, com significado bastante diverso, como observamos.
E por que isso ocorreu? Simplesmente porque essa palavra derivou de publis, que queria dizer público e estava associada com a palavra púbis, cujo significado é idêntico tanto em latim quanto em nossa língua. Em outras palavras, as sacerdotisas cognominadas putae não eram prostitutas como o nome mais tarde passou a sugerir, mas mulheres de grande cultura e dedicadas à vida pública, o que poderia eventualmente incluir uma relação erótica com alguém de sua escolha.”
Entre tantas idéias empreendedoras que ando tendo, abrir um "shortbus com putaes", um puteiro na acepção mais clássica do termo, me parece uma das mais sedutoras.

Talento sem penso

Fiquei chapada olhando o Lucio Maia tocar guitarra, sábado passado no Sesc Pompéia. No meio do show, penso numa coisa que sempre me intrigou. Como deve ser o máximo ter um talento, uma coisa que simplesmente precisa sair da gente e virar uma expressão artística. Música, artes plásticas, dança, poesia.
Não que eu não saiba que todo artista precisa desenvolver sua técnica, estudar, praticar. Mas é muito diferente estudar violão e decorar as cifras e a teoria musical, mas não conseguir tirar uma música de ouvido, nem sequer entender direito como funciona a combinação das notas pra formar um acorde.
Também não é a mesma coisa aprender a desenhar com o lado direito do cérebro e descobrir técnicas que fazem você conseguir representar alguma coisa de uma forma minimamente compreensível, e nascer sabendo desenhar.
Fiquei fã dessa banda, Maquinado, formada por uma galera do Nação Zumbi (Lucio Maia, guitarra, Dengue, baixo, Toca Ogam, percussão, e DJ PG na pick-up, scratching). O som deles é hipnótico, pesado. Poderia ter ficado ali olhando aquele cara tocar guitarra, a noite inteira. O link do MySpace deles tá aí do lado, mas as gravações não chegam nem perto do que assisti.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Muito além de Harry Potter

Não que eu não seja realmente fã de Harry Potter. Estou com o volume 7 no meu criado mudo para ler e não tenho coragem de começar, porque sei que é o último. Tenho esse problema grave, quando vai chegando o fim de um livro que estou adorando, começo a lerdear. Mas há livros de fantasia muito mais complexos entre o céu e a terra do que as obras de J.K. Rowling.
Tem a trilogia de Philip Pullman, que virou filme com Nicole Kidman e Daniel Craig, e estréia agora no final do ano – “A bússola dourada”, primeiro volume da série. Medo terrível de imaginar o que fizeram com uma das séries mais inacreditáveis que já li, Fronteiras do Universo. Não seria muito dizer que os livros foram mais eficientes, para mim, para pensar no sentido da vida, do que todos os meus anos de escola de freiras. O diretor fez “American Pie”, que eu não vi e não gostei. Mas pode ter havido um milagre. Vou ver o filme, claro. O site é genial, dá até pra criar seu deamon, que é muito simplificadamente a alma das pessoas, que está sempre ao seu lado em forma de bicho. O meu é um gato selvagem, o que quer que isso signifique. Vou ver, sem dúvida alguma.
As coisas ficam mais obscuras nos livros do Neil Gaiman, que já citei antes. “Coraline” é uma história infantil, fofa, mas bem darkzinha. Ela se muda, abre uma porta e lá está, em um mundo paralelo, com pessoas que parecem conhecidas, mas são seu avesso. Agora estou acabando de ler “Lugar nenhum”, o primeiro livro dele, que mostra um mundo paralelo nos subterrâneos de Londres. Nem tão infantil, mas muito sombrio, cheio de metáforas e trocadilhos (que eu confesso que gosto).
E ainda espero ansiosa que Clive Barker, Mr. Hellreiser, termine a trilogia Abarat. O primeiro volume das histórias da menina que vai para o mundo em que só existem ilhas e cada uma delas é, o tempo todo, um horário do dia, saiu em português, pela Cia. das Letras. A editora nem se mexeu para traduzir o segundo, que já li emprestado, em inglês mesmo. Só que o peste do autor não terminou a história, até porque os livros são todos ilustrados por ele mesmo, em verdadeiros quadros surreais e hipercoloridos, pintados a óleo, lindos de morrer. Os direitos já foram comprados para filme e o vilão é um dos seres mais inacreditáveis já inventados.
Sempre mundos paralelos, sempre histórias de fantasia. De onde saem essas idéias? Como alguém pode ter uma mente tão fértil? E por que essas histórias são tão fascinantes? Não sei responder as primeiras, se tenho talento para a ficção ainda não descobri. Mas para a última, parece que a epígrafe de “Coraline”, de G.K. Chesterton, é uma boa explicação:
“Contos de fadas são a pura verdade: não porque nos contam que os dragões existem, mas porque nos contam que eles podem ser vencidos”.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Conto de Natal

O Natal está chegando, e com ele a compração. Hoje teve crônica divertida da Cecília Gianetti na Folha sobre a agonia dos xópins. Mas meu conto favorito de Natal é muito mais lúgubre. É do Neil Gaiman, autor do comics Sandman. Não sou muito de quadrinhos (outra confissão terrível), mas gosto muito dos livros dele. E aí vai o conto:

Nicholas era...
mais velho que o pecado e sua barba não podia ficar mais branca. Ele queria morrer.
Os anões nativos das cavernas do Ártico não falavam sua língua, mas chilreavam na deles e realizavam rituais incompreensíveis quando não estavam trabalhando nas fábricas.
Uma vez por ano, forçavam-no, aos prantos e sob protestos, pela Noite Sem Fim. Durante a jornada, permaneceria ao lado de cada criança do mundo, deixando um dos presentes invisíveis dos anões ao pé da cama.
As crianças dormiam, congeladas no tempo.
Ele invejava Prometeu e Loki, Sísifo e Judas. Seu castigo era mais sombrio.
Ho.
Ho.
Ho.
(em Fumaça e Espelhos, ed. Via Lettera)

Gostando, e só

Estou gostando, faz tempo que não gostava. E estou feliz porque gosto muito de quem estou gostando. Não rola, porque fomos acometidos de um gravíssimo problema de timing. A gente se vê no trânsito e enrubesce, tudo por causa do timing.
Não faz essa cara pra mim.
Deixa eu aqui gostando.
Não é suficiente, mas é só.

Da janela lateral

Da janela do meu quarto
Nunca está chovendo
Nem fazendo frio
Está sempre sol
Atrás da minha cortina

A função do Elevado

Em São Paulo tem o Elevado Costa e Silva, obra de Maluf em homenagem a esse presidente modelo da época da ditadura. É um elefante branco, medonho, que arrasou o bairro. Duas pistas que passam a poucos metros da janela de vários prédios, acabando com o sossego e detonando o preço dos apartamentos. Já foram feitos vários projetos para transformar aquilo em alguma coisa que preste. O arquiteto Michel Gorski, inclusive, defende com veemência a demolição do trambolho. No fundo ele tem razão.
Mas descobri uma finalidade para aquele viaduto horroroso. Sempre que estou ouvindo uma música boa, prefiro ir por ali, que não tem faróis. O trânsito anda e a gente não precisa pensar em nada, só cantar.

Encontros

Chega uma hora em que a gente começa a encontrar os amigos em lugares diferentes. Na farmácia, no laboratório de análises clínicas. Ano passado encontrei uma amiga que não via há séculos no Delboni, com o marido, ambos fazendo check-up. Botamos a fofoca em dia, depois não encontrei mais. Esta semana fui duas vezes, mas não encontrei ninguém. É que nessa época estão todos fazendo compras de Natal.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Três livros tristes

A alguns livros se atribui o peso de ajudar a construir personalidades. É um peso grande, mas que muitos suportam. Esses três são só alguns exemplos. Aliás, não sou de fazer listas, até porque conheço minha volubilidade. E nesses tempos de vida adulta – quando as dúvidas são muito mais fortes do que as certezas – é melhor não ser categórica. Mas existem livros que acho que vão permanecer na lista dos fundamentais, seja lá que tamanho ela tenha no fim da vida.
Um, de que não me lembrava há tempos, mas voltou esta semana, é "O fio da navalha", de W. Sommerset Maugham. No cinema, o personagem principal é interpretado pelo Bill Murray, o que me causou risadinhas, porque, convenhamos, o cara é muito engraçado. Mas segurou a onda.
Outro, que ganhei do ex – devo dar o crédito porque o livro realmente é muito bom – é "Norwegian Wood", de Haruki Murakami. Só os japoneses entendem o suicídio, só eles. Tem um trecho que fala sobre um poço oculto, sem fundo, escondido no campo. Volto a ele a cada instante, a toda hora, queria transformá-lo num roteiro de curta.
E hoje estou terminando de ler a descoberta mais recente e mais incrível que é Doris Lessing (e agradeço, mais uma vez, à Raquel pela apresentação). Ainda não me aventurei por seus livros de ficção científica, mas estou terminando "The sweetest dream", recentemente traduzido pela Companhia das Letras como "O sonho mais doce". Conta a história da segunda metade do século 20 e de todas as suas contradições a partir de três gerações de mulheres. Minha descrição é pífia perto da habilidade que ela tem, da simplicidade e clareza do texto, da construção de personagens sem muita descrição. Lindo. Chocante. Destrói sonhos, mas constrói vidas.
É bom ser adulta. A gente agüenta.

Amiga americana

Encontrei a minha amiga americana Alexandra Weber, que conheci quando trabalhava com meu pai em jornais especializados em Radiologia. Trocamos e-mails, um rápido update para saber que ela virou cantora de Latin Jazz.
Ela me ensinou muito de jornalismo científico. Naquela época, faz pouco mais de dez anos, Alexa vinha pro Brasil cobrir eventos da área, e eu fui três vezes pra Chicago, uma das cidades mais lindas que já vi na vida, outra para Miami, com o mesmo propósito.
Fui atrás dela depois que vi a revista Diagnostic Imaging na mão do Dr. House (até escrevi sobre isso, em setembro) e encontrei seu blog, my space, site, tudo.
Além de ser ótima repórter e editora, ela sempre gostou de cantar e adora música brasileira. Cheguei a levá-la ao Centro pra comprar partituras da última vez que esteve aqui.
Fato é que ela decidiu realmente investir na carreira de cantora, depois que foi demitida – no sexto mês de gravidez – da editora em que trabalhava editando uma revista de informática (a gente já tinha perdido um pouco o contato nessa época). Sim, ela é americana, mora na Califórnia, e foi demitida no meio da gravidez. Lá pode. Se é sacanagem ou não, a gente até pode discutir. Mas o fato é que ela ficou sem emprego, grávida, e já tinha outro filho de três ou quatro anos.
Parece que as coisas também não são tão fáceis por lá para quem quer viver de música, mas tá rolando. Gravou o segundo CD: é uma misturança só, meio jazz, meio samba, bem latino, um pouco de brilho demais aqui e ali, mas ela está ali, inteira, sincera, confiante, como sempre foi.
Como quando tentou me convencer de que Bill Clinton não tinha comido a Monica Lewinsky, porque se tivesse, para ela, ele simplesmente diria. Ela não concebia o fato de que um presidente democrata pudesse estar mentindo para a opinião pública americana. E eu, brasileira as hell, não podia me conformar com tamanha ingenuidade... Que pena, pra nós duas.

Por falar em literatura cor-de-rosa

Bom, vamos dizer que não seja um livro tão cor-de-rosa assim, mas, digamos, grená. Chama-se "Comer, Rezar, Amar", de Elizabeth Gilbert. É a história real de uma jornalista chamada Liz que se separou do marido (olha! parece alguém que eu conheço...).
A separação é litigiosa, ela logo se envolve de verdade com outro cara, daí desmancha e resolve tirar um ano sabático (viu? as semelhanças acabaram). E, claro, como ela é americana e tem alguma coisa publicada, ela consegue um adiantamento de royalties para bancar a viagem por três países, todos começados em I (eu, em inglês): Itália, Índia e Indonésia (viu? taí uma coisa que jamais aconteceria para um escritor brasileiro standard). É lá que ela vai comer, depois rezar, e depois amar.
Claro que a parte do rezar não me interessou muito, mas também é legal, porque a Índia é legal. Mas a experiência dela nessas viagens é maravilhosa, as pessoas que encontra, os lugares que conhece.
Já que é época de Natal, estou pensando em abrir uma daquelas "caixinha, obrigada" para pedir uma ajuda para tirar meu ano sabático. Está na hora de olhar o mundo sob outra perspectiva.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Confesso que gosto 1 (vão ser muitos)

... de literatura cor-de-rosa. Não, Julia e Sabrina eu lia muito na escola, embaixo da carteira, quando tinha uns 14 anos. Tive uma recaída forte quando passei um mês no Chile, aos 19 anos, e na casa onde eu estava essa era a única maneira de praticar o espanhol. Não, hoje eu não leio mais Julia e Sabrina (apesar de ultimamente ter avistado uns exemplares nas bancas que deram uma coceirinha...).
Estou falando dessa montanha de livros pra mulherzinhas, tipo Bridget Jones e Melancia, que me divertem horrores quando estou cansada de tanto ler coisa séria no trabalho. Ler pra mim sempre foi uma diversão, então em geral traço o que vier pela frente (nunca encarei Paulo Coelho, talvez deva confessar isso também). Esses livros, apesar de, no fundo, no fundo, serem romances água-com-açúcar, cumprem seu papel de lenitivo para nossos nervos emocionais. Não são mal escritos nem mal traduzidos a ponto de provocarem fúria e, como geralmente vêm da terra da Lady Di, são os contos de fadas modernos de que nossas Charlottes interiores precisam.

Comida de família

Minha avó faleceu no início de 2006 e com ela grande parte da tradição de comidas italianas da família. Herdei a máquina de fazer macarrão, mas receio não ter muita coragem de encarar o desafio de amassar a massa com a mão e passá-la na máquina até obter tiras longuíssimas, finíssimas, que depois são passadas no corte grosso ou fino para dar origem a talharins que derretem na boca.
Mas se ainda preciso aprender a fazer o macarrão, ainda posso ir na Padaria Ana Néri, no Cambuci, comprar o pão italiano que meu avô, também falecido, adorava. Ele ia a pé do Ipiranga até lá só para comprar o filão de pão.
Estive lá depois de mais de década, bem no dia do enterro da minha avó. Foi uma viagem no tempo. Comprei o pão e também um pacote de micro-raviólis que são a coisa mais fofa e gostosa do mundo! Crus, não têm mais de 1 cm de lado. Mas o recheio é super-saboroso e o pacotinho de 500g custa pouco mais de R$ 2!!! Vale a pena se abalar pro Cambuci, onde meus avós se conheram fazendo footing, pra comprar o pão e as massas: Rua Ana Néri, 938.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Jeitos cinematográficos de morrer 2

Existe outro jeito adorável de morrer que é sendo transpassada pelas garras de adamantium do Wolverine, como aconteceu com a Fênix no X-Men 3. Vi o filme de novo outro dia e confirmei que morreria assim facinho.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Coisas impublicáveis

Um dia desses meu médico homeopata vai me chamar de novo e pedir um orçamento de outro livro. Já editei o livro dele sobre Homeopatia. Mas suspeito que mais cedo ou mais tarde ele vai arrumar um jeito de ganhar dinheiro às minhas custas publicando um livro cômico com as anotações que ele toma nas minhas consultas.
Ora, quando me disseram que eu tinha que falar sobre a vida, o universo e tudo o mais nas consultas de homeopatia, levei a coisa a sério. Hoje fui lá e comecei a falar sobre tudo o que aconteceu desde a semana passada, que eu estava ótima mas fiquei triste, daí fiquei com dor de garganta e não sarei mais, que vi um filme triste e pratiquei meu esporte preferido no sábado a tarde inteira (choro convulso sem barreiras), e que ainda por cima o Corinthians foi rebaixado, outro motivo de tristeza. Ele anotou tudo. Vá saber o que vai fazer com isso.

domingo, 2 de dezembro de 2007

O belo e os vermes

Primeira fila, primeira cadeira: Paulo Vilhena. Em seguida, Lulu, eu e Raq. Para assistir um espetáculo de flamenco na nova escola onde a Raq está estudando. As duas, eu no meio, discutindo medicamentos para vermes, e a belezinha ali do lado, sozinho. Coisas hilárias que a gente vai poder contar até ficar velhinhas, muitas vezes. Já ando repetindo minhas histórias mais vezes do que as pessoas agüentam, imagina daqui a pouco.