Que me desculpem os otimistas de plantão, mas não estou gostando de tanto abaixar a cabeça. Vamos dizer que seja só uma fase minha. O país está ótimo; o governo que a gente quis e conseguiu eleger, que vimos tomar posse chorando de emoção, não é corrupto; a profissão que eu escolhi é digna e realmente fundamental para o mundo (o que seria de nós sem a cobertura incrível do caso Isabella, não é, minha gente?).
A impressão que eu tenho é que as pessoas não querem ouvir falar do que está errado para não terem de tomar alguma atitude a respeito. Eu sei porque também já estive em fases mais otimistas, ou até em momentos mais desesperados, em que sabia não ter energia pra tomar nenhuma atitude. Então preferia que não viessem me encher a cabeça com reclamações. Tudo bem. Vou tentar poupar essas pessoas de ouvirem minhas queixas, já sei que estou pregando no deserto.
Mas é que se alguma coisa está errada, não consigo dizer: "Ah, é assim mesmo, a regra era essa". Se a regra está errada, mude-se a regra, porra. Se a lógica é torta, sou eu que tenho que me adaptar? Ai, tô fora.
3 comentários:
Como diria o velho e bom Benjamim: " A esperança está nos desesperados".
Não Liz, vc não grita para o deserto!!
Quer dizer, mesmo que grite por favor não pare.
Juro que eu te ajudo.
Obrigada, queridas, muito obrigada! Só o que tenho a acrescentar é que cansa, viu? Mas a advogada do diabo aí em cima de deu uma boa enquadrada no sábado. Foi ótimo, viu? Tem pregações que valem a pena e tem outras que são só pitis. Acho que os pitis continuarão a acontecer, pelo menos até que eu entre na menopausa, mas no mais, que bom poder contar com vocês!
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