domingo, 11 de maio de 2008

Na alegria e na tristeza

Um dia cheio de altos e baixos, esse de ontem, mas que colocado na planilha dá um gráfico positivo.
Começou com o encontro, que está ficando cada vez mais legal. Já tentei escrever a respeito e sempre me parece que não acho palavras suficientes para resumir o que a gente conversa, então me soa leviano e apago tudo. Então é "o encontro", é importante e pronto. Saí de lá com duas coisas na cabeça, principalmente. Minha dificuldade de receber elogios – preciso agradecer uma das meninas, a Tati, que agora é minha leitora e que foi sensacional comigo. Não passou logo, viu? Entrou e ficou guardado aqui, obrigada de verdade.
Matei o espanhol com dor no coração, mas precisava almoçar e continuar falando. Levei o Marcio no Gaia, um vegetariano do jeito que tem de ser. A comida é saborosa, gourmet, o lugar é lindo, especial mesmo. Sempre vou lá almoçar sozinha quando estou em Pinheiros, porque é tão tranqüilo... Coincidência total (ou conexão?) e encontrei a Tati de novo.
Passei a semana inteira encanada com o tal do casamento que fui ontem, de uma prima próxima mas que nunca vejo. Estamos super afastados desse lado da família, por coisas que só a família pode fazer por ela mesma. E minha mãe começou cedo a me perguntar o que eu ia vestir, como ia arrumar o cabelo. Me pilhou horrores, coisa que só minha mãe pode fazer por mim. Tive até um princípio de chiliquinho no cabeleireiro, porque resolvi fazer uma escova (para agradar minha mãe) e de repente me vi com um cogumelo na cabeça, igual à tentativa de Princípe Valente que me fizeram na primeira comunhão. Mas felizmente todo salão de cabeleireiro é meio divã, e esse tem uma dona muuuuito especial e um cabeleireiro que faz tudo pra me agradar. Conseguiram salvar meu bom humor e mandar Lizandrama Queen de volta pro lugar dela.
Aí vem a segunda coisa que não me saía da cabeça, a frase de uma das psicólogas que coordena o grupo. Falei que em casa a gente tinha aprendido a cumprir todas as obrigações, e que todas as nossas conquistas não foram mais do que obrigação. Ela disse que isso é muito comum, e que pensou até em mandar escrever na lápide: "Não fez mais do que a obrigação". Hilário. Toda hora que pensava nisso, ficava imaginando se eu também teria vontade de escrever isso na minha urna funerária, já que não quero saber de cemitério. Eu espero que no final das contas, só a morte seja não mais que a obrigação.
No fim, fui pro casamento, conversei com todas as pessoas da família de quem gosto, muito, estava me sentindo bem, ganhei elogios das pessoas mais improváveis, entre elas minha mãe. E até beijei, vejam vocês. Claro que em se tratando de mim mesma, enquanto ser humano, esse post tinha que terminar com mais uma dessas ironias do destino que só se abatem sobre mim. O cara trabalha com quê? Segundo ele, tinha uma loja de vestidos de casamento na Rua das Noivas. Vendeu, mas veja: só pode ser algum tipo de pegadinha. Divertida, mas pegadinha.

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