Não, não fui eu que inventei essa idéia de mundo líquido que está no título do blog. E também não estou me referindo à Terra, planeta água, da música do Guilherme Arantes. É o filósofo polonês Zygmunt Baumann que assim descreve o momento em que estamos vivendo. Ele acredita que pós-modernidade é um nome muito básico (quase preguiçoso, certamente provisório), que não diz muita coisa.
Então usou esse termo, líquido, no sentido de fluidez, principalmente no que se refere aos relacionamentos humanos. Tudo passa, as pessoas passam pela vida das outras, os casamentos passam. Tudo é pautado pelo consumo e por isso logo nos cansamos das pessoas e partimos para outra, outras.
Nada cria raízes, tudo vai ao sabor da maré. E eu, que não tenho nada de água no meu mapa, fico à deriva, engolindo água, tentando me manter na superfície e torcendo pra aparecer uma ilhota ou pra um vento me levar pelos ares.
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