As fichas dos clientes ficavam arrumadinhas no fichário, preenchidas com aquela letra linda, rebuscada, calcada forte, de se ver do outro lado. Breu, barrilha, parafina e um monte de outros produtos químicos. Meu avô, com seus óculos fundo-de-garrafa, de aros grossos, atendia ao telefone dizendo "Alão". Telefone preto, número de seis dígitos. Todo dia no telefone, comprando, vendendo. Só no sábado não tinha breu, barrilha e parafina. Dia de feira, tinha pastel de carne e suco de revolvinho.
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