– Não, não é assim que funciona. Não consigo olhar para alguém e dizer, ah, vou paquerar esse aí. Não dá, se eu não conversar não rola.
E às vezes, no meio da conversa, eu reparo que ele tem um dente torto. Ou uma cicatriz. Ou uma sobrancelha mais levantada do que a outra. Aí eu fico adorando aquilo, aquele detalhe. E depois de muito tempo, quando tudo acabou, é só lembrar desse defeitinho que tudo volta.
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