sábado, 28 de junho de 2008

Novas fábulas

Fui ontem assistir Wall-E na estréia. Estava louca para ver, mas quase mudei de idéia porque o filme praticamente não entrou com cópias legendadas. Fui mesmo assim e posso dizer que são tão poucos diálogos que realmente não faz mal.
Já estou bem melhor da minha crise ultra-romântica, então não me emocionei com o romance de dois robôs como aconteceria em outros tempos. O que me emocionou de verdade foi saber que havia gente por trás de tudo aquilo. Muita gente execra a tecnologia ou acha que esses filmes são coisas pra criança. São também, ainda bem. Mas são feitos por pessoas e eu gostaria muito de conhecer cada um daqueles nomes dos créditos. Adoro animação porque são mundos novos e personagens improváveis, totalmente criados da cabeça de alguém, como só há paralelo na literatura.
Pra mim, além de toda a lição de humanidade e meio ambiente do filme, duas coisas foram muito especiais. A primeira é que os dois robôs protagonistas vão parar no manicômio dos robôs. E se existe um momento em que todos aqueles robôs são humanos é quando estão ali, enjauladinhos, descontrolados e cheios de tiques. E é com essa legião de robôs out-of-order que começa a revolução.
A segunda coisa foram os créditos finais. Em geral aí já estou chorando, mas só comecei quando entendi que ali estava o final do filme. Não sei se o que vou dizer é spoiler, não vou dar detalhes, mas muito simplesmente é a história humana, expressa nas principais fases da História da Arte.

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