domingo, 16 de dezembro de 2007

Talento sem penso

Fiquei chapada olhando o Lucio Maia tocar guitarra, sábado passado no Sesc Pompéia. No meio do show, penso numa coisa que sempre me intrigou. Como deve ser o máximo ter um talento, uma coisa que simplesmente precisa sair da gente e virar uma expressão artística. Música, artes plásticas, dança, poesia.
Não que eu não saiba que todo artista precisa desenvolver sua técnica, estudar, praticar. Mas é muito diferente estudar violão e decorar as cifras e a teoria musical, mas não conseguir tirar uma música de ouvido, nem sequer entender direito como funciona a combinação das notas pra formar um acorde.
Também não é a mesma coisa aprender a desenhar com o lado direito do cérebro e descobrir técnicas que fazem você conseguir representar alguma coisa de uma forma minimamente compreensível, e nascer sabendo desenhar.
Fiquei fã dessa banda, Maquinado, formada por uma galera do Nação Zumbi (Lucio Maia, guitarra, Dengue, baixo, Toca Ogam, percussão, e DJ PG na pick-up, scratching). O som deles é hipnótico, pesado. Poderia ter ficado ali olhando aquele cara tocar guitarra, a noite inteira. O link do MySpace deles tá aí do lado, mas as gravações não chegam nem perto do que assisti.

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