Encontrei a minha amiga americana Alexandra Weber, que conheci quando trabalhava com meu pai em jornais especializados em Radiologia. Trocamos e-mails, um rápido update para saber que ela virou cantora de Latin Jazz.
Ela me ensinou muito de jornalismo científico. Naquela época, faz pouco mais de dez anos, Alexa vinha pro Brasil cobrir eventos da área, e eu fui três vezes pra Chicago, uma das cidades mais lindas que já vi na vida, outra para Miami, com o mesmo propósito.
Fui atrás dela depois que vi a revista Diagnostic Imaging na mão do Dr. House (até escrevi sobre isso, em setembro) e encontrei seu blog, my space, site, tudo.
Além de ser ótima repórter e editora, ela sempre gostou de cantar e adora música brasileira. Cheguei a levá-la ao Centro pra comprar partituras da última vez que esteve aqui.
Fato é que ela decidiu realmente investir na carreira de cantora, depois que foi demitida – no sexto mês de gravidez – da editora em que trabalhava editando uma revista de informática (a gente já tinha perdido um pouco o contato nessa época). Sim, ela é americana, mora na Califórnia, e foi demitida no meio da gravidez. Lá pode. Se é sacanagem ou não, a gente até pode discutir. Mas o fato é que ela ficou sem emprego, grávida, e já tinha outro filho de três ou quatro anos.
Parece que as coisas também não são tão fáceis por lá para quem quer viver de música, mas tá rolando. Gravou o segundo CD: é uma misturança só, meio jazz, meio samba, bem latino, um pouco de brilho demais aqui e ali, mas ela está ali, inteira, sincera, confiante, como sempre foi.
Como quando tentou me convencer de que Bill Clinton não tinha comido a Monica Lewinsky, porque se tivesse, para ela, ele simplesmente diria. Ela não concebia o fato de que um presidente democrata pudesse estar mentindo para a opinião pública americana. E eu, brasileira as hell, não podia me conformar com tamanha ingenuidade... Que pena, pra nós duas.
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