Outro dia estava lendo antes de dormir e ouvi um plim-plim da Globo bem alto, num volume semelhante ao das vozes do casal que mora aqui em cima. Na hora, pensei: "Que saco, colocaram uma TV no quarto. Agora vou ficar ouvindo barulho de televisão toda noite antes de dormir."
Cheguei em casa agora e vi a indefectível luzinha azul na janela do andar de cima. E subitamente vi as coisas pelo lado bom: TV no quarto significa sexo zero. Um plim-plim eventual é muito menos invasivo do que o ranger da cama e os gemidos que ouvi há quatro anos, quando eles produziram o moleque que agora grita e faz birra sempre que é contrariado.
Sexo zero, portanto, significa que eles também não vão produzir outro moleque do mesmo naipe. E, muito cá entre nós, evita qualquer tipo de surto inevitável de inveja seguido de pensamentos autodestrutivos, do tipo "se até eles, por que não eu?"
2 comentários:
Criança malcriada -> TV na cama (para evitar dose dupla).
Criança boazinha, TV desligada. Prefiro a segunda combinação.
Sem dúvida, também prefiro...
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