Na hora que escrevi o post anterior, esqueci de contar mais um dos casos bizarros que só São Paulo oferece a você. Dedicado à Suzete, lá em Curitiba.
Estava eu no Kalunga da Av. Paulista, comprando coisa pro escritório, lógico. Discretamente, um sujeito me estica um papel. Era um cara bem apessoado, de cabelo preso num rabinho de cavalo, camiseta por dentro da calça. Eis o que dizia o papel:
Aos três anos, tive a língua cortada por um tio bêbado. Ouço mas não falo. Preciso de ajuda para comprar uma máquina de fazer pipoca e trabalhar como pipoqueiro.
Fiquei totalmente pêssega, devolvi o papel, sem saber o que fazer. Ao perceber que eu não contribuiria para a realização do sonho da pipoqueira própria, ele fez aquilo. Abriu e boca e apontou com o dedo. Eu não olhei muito, mas assim, de relance, não vi nenhuma língua. Ai.
2 comentários:
Tá, agora eu sinto menos saudade de São Paulo, mas estou achando que você é o maior pára-raio de doido.
Eu sou. A Matina também acha, por causa daquela história da mulher que a empurrou para fora do guarda-chuva, lembra? A gente tava atravessando a Paulista, eu e ela embaixo do guarda-chuva. A fofa veio e deu um chega-pra-lá na Matina, porque tinha feito chapinha e não queria pegar chuva. Uma graça de pessoa.
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