quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Just a perfect day

Reclamo da minha vida, mas ora! Tem dias aparentemente normais que se revelam dias perfeitos, paulistanos, cheio de pessoas e boas conversas, do jeito que eu gosto. Fora o calor, que definitivamente não combina com São Paulo, ontem foi legal assim:
- acordei mega cedo, sozinha, porque acabou de mudar o horário de verão (eu adoro quando acaba o horário de verão)
- fui trabalhar de ônibus e às 8 e pouco já estava caminhando pela Paulista, da Consolação até o escritório, com um ventinho fresco no rosto
- encontrei meu sócio no caminho, descemos batendo papo e fomos tomar café
- encontrei uma amiga do prédio que me disse que eu estava ótima, ao que imediatamente repliquei: Sim, eu sei, porque eu sabia que estava mesmo
- trabalhei em 15 coisas ao mesmo tempo e consegui resolver duas antes do almoço, o que é um grande pogréssio
- fui almoçar com outra amiga do prédio e falamos bobagens na fila do quilo, com a médica que estava chegando, resultando em boas gargalhadas
- saí correndo pra pegar o metrô e me abalei para a estação Tucuruvi, a última da ZN, que eu não conhecia
- encontrei meu querido amigo Marcos no metrô, aquele que sempre me põe pra cima
- tomei um táxi pra Guarulhos e descobri que as avenidas principais de Jaçanã, Santana e Tucuruvi se encontram (adoro descobrir caminhos novos para velhos lugares)
- cheguei adiantada na minha reunião porque Guarulhos é muito perto do metrô Tucuruvi
- fiz três entrevistas e aprendi várias coisas
- o diretor financeiro me ensinou o que é hedge
- o funcionário que voltou para a escola depois de 30 anos disse que está adorando, porque ele fez um trabalho sobre o Obama e agora assiste o jornal e sabe quem ele é
- voltei de táxi, com outro taxista tão ou mais legal do que o primeiro, e vi vários grafites legais no Tucuruvi
- peguei o metrô de volta, desci nas Clínicas e fui pra Pinheiros de ônibus, o que levou no máximo uns 40 minutos
- tive mais uma reunião que prometia ser estressante, mas não foi
- encontrei o Marcito e fomos ver o piso do apê dele, além de dar mais um rolê pelo clube que é o lugar onde ele vai morar
- fomos ver o Urso de Cristal que a Diana e o Daniel ganharam no Festival de Berlim, com o curta Café com Leite
- subi pra Dr. Arnaldo com o Marcio a pé
- encontrei o Paulo Gregori, cineasta e professor da FAAP, no ponto e descobri que meu bairro tem mais cineastas do que qualquer outro, tanto que o objetivo de vida dele é ser o melhor cineasta da rua
- cheguei em casa às 23h30 e fui dormir feliz, depois de terminar de ler o livro "Amêndoa", que a Lu me emprestou.
Hoje acordei com vontade de ouvir Lou Reed.

5 comentários:

Anônimo disse...

Dia cheio, não? Gosto de pensar o metrô como um universo paralelo que só funciona em modo de espera. Quando encontramos algum amigo, me parece uma falha neste sistema. E fica ainda mais interessante.

Não sei o que é hedge, só d-edge

dl

Thata disse...

Com quem o Gregori está competindo?

LizandraMA disse...

Muito legal essa idéia, Daniel! O mais engraçado é que eu já tinha encontrado esse amigo por acaso num bar semana passada. E às vezes ficamos mais de ano sem nos ver. Realmente, deve estar havendo alguma falha no sistema.
Hedge é um termo financeiro, muito mala de explicar. Eu já trabalhei nessa área e não sabia também. Quando a empresa é multinacional e trabalha num lugar instável como o Brasil, em que o câmbio pode mudar a qualquer momento, ela fecha contratos antecipados de câmbio com o banco, num valor fixo. Deu pra entender? Mais ou menos, né?

LizandraMA disse...

Segundo o Gregori, parece que o André Klotzel mora na mesma rua, e o Lucas Bambozzi na rua de cima. Na minha rua moram o Bruno Carneiro e o Ricardo Perez, que é diretor de TV no SBT. O bairro está infestado de cineastas.

Anônimo disse...

Deu sim. Coisa brasilis

dl