segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Da ciência do bem-casado

Sem bem-casado um casamento não pode durar. O meu não teve, deu no que deu.
Acho que não ligava muito pra eles, mas hoje acho sublimes. O melhor que já comi é feito por uma confeiteira de Pinheiros, a Mariza. Na casa onde ela atende as noivas, tem bem-casados pra vender. Já fui comer durante a semana, de sobremesa, mas não é a mesma coisa de ganhar de alguém que lembrou de você num casamento, ou de comer depois do casamento que você foi.
Para ser perfeito, o bem-casado é uma equação exata entre bolo, recheio e cobertura. O bolo precisa ser macio e úmido, mas nunca encharcado. O recheio de doce de leite tem de ser distribuído em uma camada uniforme, nem tão grossa que dê cabo do gosto do bolo, nem tão fina que perca o gosto para o bolo. E a crostinha externa, de açúcar, tem de ter a espessura suficiente para criar a textura, sem virar uma maçaroca nem grudar demais no celofane.
Ah, porque primeiro o bem-casado é embalado no celofane, para depois receber o crepom e a fitinha. O visual também conta. É isso.

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