As pessoas me contam suas vidas. No ponto do ônibus. Na Recoleta. Na fila do banco. Às vezes, numa troca de olhares, elas me contam tudo. É um tipo de dom, como se fosse uma mediunidade. Antes era descontrolado, como a mediunidade que se manifesta nas situações mais inapropriadas. Mas aos poucos vamos aprendendo a controlar, deixamos que se manifeste só na hora certa. Aprendemos a desviar olhares, rechaçar apelos e solicitações extremas de atenção. Ouvir pessoas carentes consome tanta energia quanto incorporar um espírito.
Um comentário:
Essa é vc! bj Sill
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