domingo, 19 de agosto de 2007

Adolescência demais

Quando falo que hoje há um excesso de alegria, não quero bancar a chata estraga-prazeres. Me refiro também à obsessão pela adolescência, que é outro reflexo do mundo líquido.
Lindo isso que diz Ian McEwan em "Na Praia", seu último livro, que já devorei:
Este ainda era o tempo – que terminaria naquela década célebre – em que ser jovem era um estorvo social, um sinal de irrelevância, uma condição ligeiramente embaraçosa para a qual o casamento era o começo da cura.
Foi nessa época, a década de 1960, que inventaram que era melhor ser forever young. Aí todo mundo lembrou do Peter Pan e decidiu viver na Terra do Nunca. E hoje é um estorvo ser adulto.

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