Bem, eu estava lá em Noviorque quando caíram as Torres Gêmeas, mas esta é outra história.
Neste momento acabo de voltar da Vila Madalena, no último dia de permissão do cigarro. Fui convocada por uma amiga fumante a acompanhar o último dia de liberdade tabagística e, solidária que sou, fui.
Lua cheia, tempo ótimo. A ideia era ir ao Bar das Empanadas, onde sempre se pôde fumar.
Hoje não. Apesar da lei só entrar em vigor à meia-noite, o bar já tinha colado adesivos e restringido a fumaça muito antes. Na calçada, uma faixa amarela separava os párias fumantes da sociedade sentada em mesinhas e atendida pelos garçons. Não havia a menor chance de conseguir mesa na calçada, especialmente em dia de jogo e quando as aulas não voltaram por conta da gripe suína. Toca procurar outro lugar.
Viramos a esquina e encontramos um bar super miado - 5 pilas de couvert artístico e uma banda que prometia tocar composições próprias (ai...), mas o único lugar que parecia ainda não ter sido contagiado pelo espírito da nova lei.
Dez e pouco chegaram os fiscais do governo, paramentados e munidos de folhetos explicativos. Vieram avisar que estavam avisando, logo podiam multar assim que Cinderela virasse abóbora.
23h12, Didi já tinha fumado um cigarro atrás do outro, e a moça vem confiscar o cinzeiro. "Mas não é só à meia-noite?", replica minha amiga. A moça era fofa, entendeu o momento histórico, deixou a gente acabar a cerveja.
Tirei uma foto da Di curtindo o último cigarro da história em ambiente fechado, enquanto comemorava com ela a última vez que voltava pra casa enfumaçada.
Um comentário:
Apesar de morar no Rio de Janeiro,
esta história me dá vontade de voltar a fumar, só pelo prazer de transgredir medidas idiotas.
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