quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Comigo não

"Eu percorrera a mesma estrada poeirenta e tortuosa em busca da fé. Mas sempre que eu ouvia uma história de fé, sempre que encontrava um novo guru, o resultado era o mesmo - a história era pouco convincente e o guru, espúrio. Cada fé exigia que eu assumisse um compromisso. Cada mestre exigia que eu fechasse os olhos para alguma falta", Shantaram, de Gregory David Roberts, p. 332.
Ontem me lembrei de quando e porque comecei a questionar de verdade as religiões constituídas, principalmente a católica. Foi por causa dos três primos de quem eu gostava tanto e que entraram na Opus Dei. Três pessoas talentosas, lindas, queridas, que viraram fanáticas religiosas. Uma delas me disse, uma vez, no auge do meu esquerdismo, que elas faziam um trabalho fantástico levando adolescentes de Alphaville para conhecer a favela. Não sei se ela teve coragem de me dizer com todas as letras, ou se foi mais uma das minhas interpretações quase literais, mas em resumo ela dizia que os ricos também precisam salvar suas almas. Depois dessa, desisti de entender religiões e religiosos.

Um comentário:

Sill disse...

Perdi minha fé há tempos...bj Sill