quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Faça o que eu falo...

O maior problema das pessoas que realmente têm fé em alguma religião, para mim, é que em função de sua fé, deixam de lado uma das principais virtudes do ser humano: a tolerância. Sempre que alguém tenta me convencer de que uma religião é melhor do que a outra, isso falando das religiões às quais temos mais contato, as ditas ocidentais, fico pensando no que essa pessoa faria se a filha decidisse se casar com alguém de outra "raça" (se é que isso existe), ou com alguém de outra religião.
Foi principalmente o que pensei no curso de batismo, que fiz pra batizar a Laurinha. O homem que fez a palestra falou que hoje em dia a maioria das pessoas pensa em batizar o filho por uma questão social. E que na verdade o batismo é a porta de entrada para a religião católica. Por isso, os padrinhos também deveriam professar a mesma religião. Achei muito razoável, apesar de não professar o catolicismo. Mas se os pais querem que a filha seja católica e me escolheram, é porque tenho algo a ensinar. E no meio de alguns comentários muito lúcidos, eis que o instrutor do batismo solta algumas pérolas de intolerância.
Não, eu não professo o catolicismo, não me interesso por nenhuma religião oficial. Talvez até por levar as coisas muito a sério. Se fosse para ter religião, seria das que freqüenta mesmo, se envolve com trabalhos comunitários. Porque se tem uma coisa na qual acredito é no segundo mandamento, amar ao próximo como a si mesmo. Se as religiões ensinassem isso antes de dar tanto valor ao primeiro, amar a deus sobre todas as coisas, talvez o mundo fosse bem melhor. Será que o problema não é excesso, em vez de falta de religião?

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