sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Quem tem culhão pra ser Madonna?

O que é aquela mulher, alguém me explica?
Não são os músculos. Não é a vitalidade. Não é a versatilidade. Não é o carisma. É tudo isso, mas é mais.
É uma mulher. Autêntica, feminina, meiga, forte, bruta, ousada. Uma mulher plena, como todas as mulheres podem ser.
Não sou de ficar cultivando ídolos, mas é justamente o que a Madonna tem de humano que me comoveu tanto no show. Claro que tem toda a produção, impecável. Tem a tecnologia dos telões de alta resolução, dos vídeos. Tem as coreografias e o figurino. E toda a mistura étnica, muito de espanhol, árabe e cigano.
Mas o que ela tem mesmo é a consciência de seu tamanho e a coragem de se mostrar assim, enorme, viva, inteira. Uma inspiração.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Se fosse ficção, ninguém acreditaria

Quando entrei na faculdade, logo ficamos amigas. Um dia, ela me disse uma frase muito engraçada: "Nós somos tão amigas que até menstruamos juntas". Não sei se era fato, mas parece que isso acontece com mulheres muito próximas. E continuamos amigas até hoje.
Nós duas nos casamos com colegas de faculdade, nós duas nos separamos quando eles se apaixonaram por mulheres com o mesmo nome. E esta semana nós duas descobrimos que essas mulheres homônimas vão ter filhos de nossos ex-maridos.
Vou guardar essa história, junto com tantas outras, para o roteiro da comédia romântica que ainda vou escrever. Agora que estou virando roteirista...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Presentes de grego

Minha mãe sempre teve um critério estranho para presentear as pessoas, especialmente se elas fossem mais ricas que nós. Para ela, era preciso sempre surpreender e dar alguma coisa de que a pessoa realmente gostasse. Mesmo que a gente não tivesse nada parecido, e que custasse muito mais do que meu pai podia pagar.
Com a gente, porém, houve momentos bizarros. Quando eu comecei a ganhar meu dinheiro e a gastá-lo loucamente com roupas e sapatos, minha mãe chegou à conclusão de que eu não precisava de nada. Então, no meu aniversário, decidiu me dar coisas úteis, que eu não me lembrava de comprar: uma tesourinha de cortar unhas e um guarda-chuva.
Estava agora olhando para uma lata de torrones italianos e foi aí que me lembrei desses presentes de grego. A lata é bonita, e veio cheio de torrones macios. Mas eu não gosto de torrones. Acho que a receita deve levar a mesma essência do panetone e de outros doces italianos. Não gosto de nada disso.
Foi o último presente de aniversário que ganhei do meu ex-marido. Era exatamente o momento em que estávamos nos separando. Eu estava deprimida e gorda, e passava horas na frente da televisão comendo doces. Nada mais lógico do que ganhar mais uma lata de doces, não é mesmo?
Todas essas experiências, na verdade, me deixaram bem calejada e me prepararam para a vida. Que venha o amigo secreto de Natal!