sábado, 23 de agosto de 2008

Mobilização juvenil - 2

O Festival de Curtas tá rolando e eu, como nos últimos oito ou nove anos, fiz o catálogo e participo do projeto Crítica Curta, uma oficina de críticas cinematográficas coordenada pelo crítico Sergio Rizzo com os alunos de várias faculdades de audiovisual e jornalismo. Acabei de entrar no blog dos nossos "veteranos" e, ai, que orgulho. Eles estão cada ano mais afiados. Vale a pena dar uma olhada e, claro, ir ao Festival, que está uma delícia.

Mobilização juvenil - 1

Quem disse que a juventude de hoje é alienada e não luta por seus direitos? Hoje à tarde estava voltando da Vila Mariana e passei na Paulista.
Um grupo enorme de jovens vinha calçada afora, escoltado pela polícia, brandindo bandeiras e faixas. Todo mundo parecia uniformizado, e vinham gritando e rindo. Reparei nos cartazes. Tinha um dizendo: "Devolva nosso sorriso". A maioria estava escrita em espanhol. Demorou um pouco para cair a ficha, mas então me dei conta. A galera estava protestando contra o fim da banda Rebelde. Não é incrível?
Minha primeira reação, lógico, foi de escárnio e maldizer. Afinal, alguém já ouviu esse lixo musical mexicano? Depois, sei lá. Deixa eles... Acho que não teria feito isso pelo Menudo, de quem fui fã, mas quem sabe?
Lembrei outro dia, depois de ler um post do LLL sobre como as pessoas falam que os jovens não conhecem nada da época anterior, mas também não conhecem nada sobre a geração anterior à sua, de que eu assistia televisão compulsivamente na infância. Antes de saber ler, era tudo o que eu fazia. E naquele tempo não tinha nenhum desses canais especialmente feitos para crianças.
Quando passou a novela Saramandaia, às 10 da noite, eu tinha cinco anos. Meus pais não gostavam que eu assistisse, mas mesmo assim me lembro de várias cenas. É isso aí, deve ter sido divertido e quem estava lá vai se lembrar pra sempre. Então deixa eles...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Quem você pensa que é?

* O que você quer parecer quando crescer?
* Você é o seu trabalho?
* Alegria traz felicidade?

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Humm, sopa...

Apesar de todo o meu mafaldismo, eu adoro sopa.
Estava lendo o blog da Neide e me lembrei disso, e de algumas invenções recentes. Semana passada cozinhei batata, mandioquinha e cenoura nas minhas novas panelas de inox com fundo de cobre, depois bati no meu novo liquidificador com 600w de potência, voltei para a panela com mais um tanto de alho-poró em rodelinhas e deixei lá cozinhando mais um tanto. Pra temperar, só um pouquinho de sal. Ficou bem bom.
Ainda estou testando meus novos gadgets culinários, fiz investimentos pesados recentemente. O resultado tem sido ótimo. A caneca de inox é perfeita para fazer ovos quentes. Dois minutos depois de ferver, o ovo está no ponto que eu gosto: clara cozida e gema mole, mas espessa.
Mas não dá pra deixar a comida lá cozinhando e esquecer da vida, porque pega muito fácil no fundo. Tem que ficar de olho, mexendo sempre. Tudo fica pronto mais rápido, é incrível a economia de gás e de energia.
Ainda me falta uma panela de ferro ou de barro pra fazer as sopas da Sonia Hirsch, que pedem horas e horas de fogo baixíssimo. Como uma de aveia com mandioquinha que só fica boa mesmo depois de três horas cozinhando devagar e sempre. Improvisava usando uma frigideira de ferro embaixo da panela comum. Agora, com as panelas novas, não sei se vai funcionar...

sábado, 16 de agosto de 2008

Hoje

Um dia bonito de sábado, o ser humano acorda um pouco feliz porque sonhou que alguém a ama. Vai ainda sobre os eflúvios do sonho para a depilação. Parte para o primeiro compromisso de trabalho alguns gramas mais leve, almoça no McDonald's e sai correndo para ir ao cabeleireiro depois de três meses desde a última vez.
Tem seu cabelo cortado e enquanto absorve o impacto de talvez ter sido um pouco demais, acaba tendo que ir para o cliente levar um material. Lá se encontra com um amigo que sofre de sinceridade patológica. Ele repara no corte (que o ser em questão ainda não decidiu se ficou bom), e cumprimenta a vítima com um comentário sobre a orientação homossexual das mulheres que costumam usar esse corte.
Todos estão deprimidos e você percebe que mais uma vez todos os seus esforços em prol desse cliente, que este ano você considerava realmente incríveis, são vistos pelo conjunto dos envolvidos como um resultado meia-boca.
Aí o ser vivente se deixa levar até o escritório, às seis da tarde, para terminar o livro de um cliente que passou os últimos seis meses invadindo sua sala sem pedir licença. São 11 da noite, é sábado, meu tio comemora 80 anos com toda a família (menos eu e minha irmã, que temos a mesma doença) e em casa tem uma sopa de anteontem me esperando.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tão mané...

Tão, mas tão mané, que apaguei a lista de blogs dos amigos. Blé... Agora não lembro mais todos que tinha, quem se sentir inferiorizado pode me xingar, mas não deixe de mandar o link.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A Índia é aqui

Na hora que escrevi o post anterior, esqueci de contar mais um dos casos bizarros que só São Paulo oferece a você. Dedicado à Suzete, lá em Curitiba.
Estava eu no Kalunga da Av. Paulista, comprando coisa pro escritório, lógico. Discretamente, um sujeito me estica um papel. Era um cara bem apessoado, de cabelo preso num rabinho de cavalo, camiseta por dentro da calça. Eis o que dizia o papel:
Aos três anos, tive a língua cortada por um tio bêbado. Ouço mas não falo. Preciso de ajuda para comprar uma máquina de fazer pipoca e trabalhar como pipoqueiro.
Fiquei totalmente pêssega, devolvi o papel, sem saber o que fazer. Ao perceber que eu não contribuiria para a realização do sonho da pipoqueira própria, ele fez aquilo. Abriu e boca e apontou com o dedo. Eu não olhei muito, mas assim, de relance, não vi nenhuma língua. Ai.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

As pessoa é comédia

Observar o ser humano é realmente algo que me diverte.
*
A moça da farmácia tenta me explicar que justamente o produto que não tem é o mais barato. Eu pergunto: Mas qual a diferença desse para o outro? A moça: Olha, é igual, sendo outro, sabe?
*
Hoje, Avenida Paulista, três da tarde. Eu no carro, avisto o motoboy ao lado. Em cima do baú, várias caveirinhas. Na lateral, um crânio de bicho (cachorro?) amarrado com uma corrente. Weirdo. O motoqueiro das trevas. Ele se afasta e eu consigo visualizar toda a composição. São vários crânios de bicho adornando o baú, tipo um colar. Embaixo, no pára-choque, um adesivo: Sou da Paz. Ah, então tá, né?